Após passar pela fase da validação da ideia junto ao mercado e tendo um resultado positivo, ou seja, houve aprovação do público, sendo necessário apenas um maior investimento para fazer o negócio decolar, o próximo passo é conseguir captar recursos para investir na maximização da Startup.
Neste ponto, podemos contar com as seguintes fontes de recursos:
- PRÓXIMOS: Recursos pessoais, de amigos e familiares que apostam no projeto;
- GOVERNO: através de programas e incentivos como o BNDES e ações realizadas pelo Comitê Nacional de Iniciativas de Apoio a Startups dentre outros;
- BANCOS: através de empréstimos ou outros produtos financeiros para investimentos no negócio visando o crescimento, com pagamento de mensalidades acrescidas de juros, aqui você não reparte o sucesso do negócio com um novo integrante na empresa;
- SÓCIO INVESTIDOR: alguém que se interesse pelo negócio e aporte investimentos em troca de porcentagem da empresa, existem diversos tipos de investidores de acordo com a etapa em que a startup se encontra.
Entenda o ecossistema de investidores em Startups: no Brasil este ecossistema se divide em:
a) INVESTIDORES ANJOS: é o investimento realizado por pessoa física com o próprio dinheiro em startups que realizaram o MVP (Mínimo Produto Viável) e vislumbram uma grande capacidade de crescimento;
b) ACELERADORAS: aporte de investimentos para apoiar o desenvolvimento inicial de startups, incluem uma série de processos como tempo de duração, seleção, mentorias, infraestrutura e etc;
c) INCUBADORAS: atuante nas fases iniciais das startups, geralmente disponibilizam espaços físicos para redução de gastos, focando na inovação e desenvolvimento do negócio mesmo que o projeto esteja em sua fase embrionária, e se tudo ocorrer bem, poderão aportar até investimentos por editais de verbas públicas, possuindo um processo mais burocrático de seleção;
d) PRIVATE EQUITY (“ATIVO PRIVADO”): tipo de investimento em empresas já desenvolvidas ou que estejam em processo de consolidação no mercado, atuam comprando ações de empresas que possuam boas faturações monetárias e que estejam em crescimento.
e) CAPITAL SEED: é o capital “semente”, tipo de investimento destinado para a fase inicial dos negócios;
f) VENTURE CAPITAL: tipo de fundo focado em capital de crescimento para empresas que já passaram pela validação e possuem clientes e receita, geralmente aplicado em investimentos de maior risco.
g) SERIES A: se referem a primeira rodada de investimentos, neste tipo de rodada de investimento a empresa adquire capital capaz de financiar suas atividades e aplicar no desenvolvimento, para dar um salto de crescimento.
h) SERIES B: nesta etapa a empresa já está consolidada e desenvolvida, sendo aportado capital para aprimoramento dos processos, aquisições, contratações e etc;
i) SERIES C: aporte de capital para expansão da empresa para mercados estrangeiros.
j) MÚTUO CONVERSÍVEL: é um tipo de investimento muito utilizado no Brasil em que o investidor anjo realiza um adiantamento de capital condicionando a conversão futura da dívida em quotas da startup, ou seja, o investidor não participa diretamente do quadro social da empresa, postergando sua participação em um momento futuro.
O risco deste tipo de investimento reside nas variantes da startup, que pode dar certo, pode falir, pode não ter o crescimento esperado, mudar o quadro societário, sofrer perdas, dentre inúmeros fatores.
Tendo em vista isso, o mútuo conversível demonstra ser um tipo de investimento que pode colocar o empreendedor no elo fraco da corrente caso não esteja atento às cláusulas presentes no contrato.
Lembramos que nos limitamos a apresentar apenas os tipos de investimentos mais utilizados, existindo inúmeras formas e modelos que podem ser aplicados à sua startup, por isso, aconselhamos sempre buscar um profissional que possa orientar se determinada oferta realmente é a melhor proposta para seu negócio.