Muitas pessoas acreditam que para empreender e ter um negócio próprio é necessário ter muito dinheiro para investir, ou conseguir um sócio investidor para poder iniciar um projeto, colocando a possibilidade e sucesso da empresa baseado na quantidade de dinheiro aplicado.
Porém trata-se de uma falsa ideia, existem diversos casos em que houve o surgimento de empresas de sucesso do absoluto zero, que precisou apenas do trabalho pesado do empresário(a) com ou sem a colaboração de sócios.
Exemplo clichê é a reconhecida marca Apple, criada por Steve Jobs e Steve Wozniak, que nasceu na garagem cedida pelo pai adotivo de Jobs, em Cupertino, na Califórnia, com muitas ideias, poucos recursos e muito trabalho duro foram capazes de criar uma das empresas mais valiosas da história.
Mas ok, isso aconteceu nos Estados Unidos, mas seria possível no Brasil?
De forma bem direta e objetiva, vamos citar alguns casos conhecidos no Brasil de pessoas que não tinham muito dinheiro para investir e construíram verdadeiros impérios, como:
Samuel Klein (Casas Bahia): iniciou sua carreira como mascate (vendedor ambulante), vendendo roupas de cama, mesa e banho. Após cinco anos trabalhando duro, investiu seu dinheiro em uma loja com o nome “Casas Bahia” (homenageando seus fregueses imigrantes da Bahia que buscavam novas oportunidades em São Paulo).
Algumas décadas depois, com muito trabalho e dedicação, sua pequena loja tomou grandes proporções, tornando-se uma das maiores lojas de varejo do país, com mais de 500 lojas espalhadas e o maior depósito de distribuição da América Latina.
Falecido em 2014, sua fortuna foi estimada em R$ 1,48 bilhão, nada mal para alguém que começou como vendedor ambulante não é mesmo? Com muita garra e dedicação você também pode.
Flavio Augusto da Silva (Wise Up): morador da periferia do Rio de Janeiro, tinha um grande sonho de seguir carreira militar. Com 19 anos (1991), conseguiu um emprego na área comercial de uma escola de inglês e em 4 anos alcançou o cargo de diretor comercial.
Neste momento, sem novas perspectivas de crescimento no trabalho, com a experiência adquirida, resolveu montar seu próprio curso de inglês chamado “Wise up”.
Recém-casado e com pouco dinheiro para investir, seu capital inicial era de R$ 20 mil advindos de seu limite no cheque especial com 12% de juros ao mês, e confiante em seus conhecimentos adquiridos enquanto funcionário decidiu dar o ponta pé inicial em seu próprio projeto.
Em breve resumo, em 2013 Flávio Augusto vendeu o controle da Wise up para a Abril Educação por R$ 877 milhões de reais, recomprando em 2015 pelo valor de R$ 398 milhões.
Atenção: Observe a importância de conhecer bem sua área de investimento, acumular experiências e traçar planos concretos antes de apostar no cheque especial, pois nos dizeres do próprio Flávio Augusto, foi um “risco calculado” e não aconselha ninguém a fazer o mesmo.
Indicamos a Escola de Empreendedores Meu Sucesso.com (outro empreendimento de Flávio Augusto) que mostra estudos de caso de grandes empresários, ajudando com planejamento estratégico e ensinando lições de grande importância para quem quer empreender através de produções cinematográficas em uma plataforma rica em conteúdos e networking.
Citamos apenas esses dois casos de forma direta e objetiva para demonstrar que é possível sim iniciar seu próprio negócio com poucos recursos, mas existem milhares de outros casos, como o de nossa conterrânea Luiza Trajano (Magazine Luiza), Marcel Telles (3G), Antônio Saraiva (Habib’s), Guilherme Leal (Natura), dentre tantos outros que não são tão conhecidos.
O Brasil é um país imenso, rico e cheio de oportunidades, e esses casos demonstram que poucos recursos financeiros para investir não são um empecilho e que, com muita dedicação e trabalho duro você poderá alcançar seus sonhos e objetivos.
Em futuras publicações iremos abordar formas de conseguir créditos para investimentos e como conseguir investidores para seu negócio alavancar.